A relevância da formação profissionalizante
Fonte: Correio Popular, Por Janete Trevisan
Com a escassez de mão de obra especializada no País, os cursos técnicos se tornaram aliados das empresas. O número de matrículas em cursos profissionalizantes cresceu 74,9% nos últimos anos, chegando a 1,14 milhão, segundo o MEC (Ministério da Educação). Dados do Censo Escolar da Educação Básica dão conta que há no País 1.063.655 alunos matriculados na educação profissional.
No ano passado, o Congresso ‘Todos pela Educação’, realizado em Brasília, discutiu o Ensino Médio e a importância da formação profissionalizante para o mercado de trabalho brasileiro. Só a indústria precisa de 7,2 milhões de técnicos.
A educação técnica é um poderoso vetor de promoção social, que possibilita a cidadania do público jovem, recém-saído do Ensino Médio, ampliando possibilidades e criando condições de desenvolvimento econômico.
Um dos temas discutidos no congresso ‘Todos pela Educação’ foi a reformulação do Ensino Médio, com mais espaço para a profissionalização. O coordenador do Grupo de Análise Internacional da USP, Ricardo Sennes, mencionou que, “se você olhar modelos de educação de outros países com uma intensidade tecnológica na sua economia, como Alemanha e França, a parcela de profissionais com formação técnica e tecnológica, é significativa”.
O aluno que busca o curso técnico é jovem (66,4%), com até 24 anos. Isso indica que a procura por uma colocação no mercado de trabalho tem movimentado o estudante brasileiro.
Há cursos técnicos para todos os segmentos da economia e o mercado de trabalho reconhece a capacidade do aluno em desenvolver seu conteúdo na prática, por meio de estágios onde o contato com a futura profissão é efetivo.
O crescimento econômico requer melhorias na infraestrutura, e isso só é possível com trabalhadores qualificados. Para quem busca recolocação no mercado de trabalho, ou pretende ingressar em uma nova área sem a formação em universidade, esses cursos podem oferecer a qualificação adequada, de acordo com o interesse do aluno.
Sem contar que os aposentados também têm a chance de aprender coisas novas, como acessar a internet e enviar e-mails para filhos e netos, quer coisa melhor?